quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

contagem regressiva

E eis que estamos em compasso de espera
a vida se apresenta sem esperanças, mas
nossa, do nosso jeito, sem apelos para bom senso
ou algo que o valha, a classe dos idiotas irão ser
maioria sempre, a economia cresceu apesar da crise
o dolar despencou, nossas exportações foram pífias
que o próximo ano que se inicia daqui a pouco seja
repleto de novidades, que tenhamos vida e que assim
seja, amem, amem muito, sem amor estamos lascados.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Que se passa?

Tudo tem estado absurdamente fora do eixo e meus olhos vislumbram o quão é engraçada a vida, num momento é só tesão, no outro é desgraça que não mata ninguém de inveja.

domingo, 18 de outubro de 2009

a mente humana

É cada vez mais comum vermos nos jornais, casos sobres abusos sexuais
de pessoas cada vez mais jovens, até dá pra compreender a anomalia em se
tratando de alguém pega na rua, levada para o esquisito e sendo consumado
o ato, é estranho, mas sabemos que a pessoa envolvida e doente mental, pois
não consegue controlar seus impulsos e ainda assim subjuga sua vítima na
maior covardia. Porém tem ficado bastante comum o caso de pais que fazem
isso com suas filhas, essa relação incestuosa provoca na vítima um sentimento
de decepção tão intenso que não mais se esquecerá pelo resto da vida, alguém
muito próximo e de total confiança, com seu ato abre uma lacuna que nunca
mais se fechará. Conheço o caso de uma amiga de trabalho que vive com uma
sensação duplamente decepcionante, ao vê-la sendo coberta por alguém tão
íntimo, seu irmão nem conseguiu pensar e atacou o agressor, matando-o na
hora, apesar da gravidade do fato e de todos os atenuantes ele foi preso, ela
foi ter acompanhamento psicológico por um longo tempo e mesmo assim
nunca mais se livrou do trauma, seu irmão virou bandido sendo morto algum
tempo depois. Hoje muitos anos depois, tendo superado essa desgraça toda
vive aqui perto de casa numa relação estável que já dura mais de meia década
com Drika, um docinho de ser humano que estudou comigo no colégio Marista.

sábado, 3 de outubro de 2009

As flores murcham e viram adubo


O que dizer se a vida não são só flores
se os destinos se cruzem numa boa
e nem todos resultam em amores
alguns, até cruzamos a toa

passamos pela vida como descemos um tubo
a existência é como pegar uma onda
mas longe do mar, sob o chão, viramos adubo
e tanto papo furado, tanto caô, tanta milonga

o poema é ruim, soa mal aos ouvidos
como versos de uma trágica canção
com rifs, dó, ré, mi, fá e sustenidos
um verdadeiro desafio à falta de inspiração

Uma folha de papel solta na ventania
uma curtição na introspecção amarga
literalmente, um leão abatido a cada dia
ou o lombo calejado para assentar outra carga.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O último dia de setembro


É mais que na hora
já vai tarde esse mês
trouxe más noticias a valer
quem viveu sabe do que falo
quem não viveu já soube.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Querendo ou não o tempo é implacável
não nos permite vacilo ou marasmo
e o avesso da ré ou do recomeço
não tem chilique, idiotice ou espasmo
vai passando, passando, passando
Não e diferente de outro fenômeno real
e tudo muito subjetivo, seja no JB,
no Rio, Vitória ou Itamanguapituba
fazer tal citação não tem nenhum mal
é o ultimo poeminha de inverno
com caráter de pura liberdade
sem a obrigação da rima, apenas
para que você leia e saiba que pensei,
pensei muito como isso chegaria aos seus olhos.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Duas semanas depois da tempestade


O mundo pregou uma peça e deu uma
reviravolta tamanha
e meus olhos se perderam a vislumbrar o vazio
sem sentido,
tudo passou a ter uma significancia insignificante
dos dejetos ensacados,
tanta história sepultada inerte sob
uma lápide barata,
foi no último outono, e
não mais terá verão,
tampouco inverno ou primavera,
estações em luto ,
céu azul estrelado e sem graça
ao redor da fogueira,
tudo não passaria de
um poema morbido,
não fosse
o caráter literal e medonho da
sua ausencia.



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

água de beber


Nunca diga "dessa água não beberei"
pois pode haver um período que não
terá de outra para matar a sede, ai como
é que vai ser.

sábado, 29 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vá se for capaz

Ande pelas veredas da paixão,
coma kibe cru num tabule
beba suco de "araçoiaba"
beije uma boca banguela
sinta um flato num elevador
respire fundo o ar de Sampa
passe férias na baixa da égua
um fim de semana no Alemão
no complexo, obvio, sereno
publique um post escroto
uma poesia sem pé nem cabeça
corte um mau pela raiz
antes que essa peste cresça
viaje de metro no horário de pico
seja encoxada por alguém fedido
pense no hálito desagradável
enrosque na roupa rendada alheia
o piercing que colocou no umbigo
abomine a suavidade do olhar
que te come pelas beiradas
mande sua professora às favas
a convide para um chá à tarde
dê flores a um desconhecido
compre uma roupa bem transada
e doe ao primeiro mendigo que encontrar.

sábado, 1 de agosto de 2009

que



Que os bons ventos soprem nessa direção
que as lágrimas de sangue seja apenas uma ilustração na fotografia
que o profissionalismo se sobreponha aos desejos mais insanos
que Yonlu apesar do espólio seja um tremendo babaca
que Sivyrino esteja numa lonjura muito distante entre o morro e a praia
que seja ensimesmado e te adore sobre todas as deusas
que o ar continue passando ofegante pelas narinas
que sejas fiel aos teus princípios, (tenho pelo menos meia dúzia em mente)
que o amor que nós temos pela humanidade permaneça intacto
apesar que se tenha de comer, beber, dormir, acordar, amar, comer, be.....
enquanto a morte não nos separe.
i love você!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Essa é para você

Que vai nos onibus lotados
espremidos nas gaiolas das estações do metro
nos trens da linha tronco, da variante
que se acotovela para apear com pressa
que saiu com tanto atraso
que nem tomou seu café direito
mastigou uns biscoitinhos sem graça
atravessou a rua correndo
cruzou a praça, desviando-se dos nóias
que estavam cobertos com mantas imundas
dispostos como zumbis adormecidos
numa metrópole onde tudo é rapido
(exceto o raciocínio dos políticos)
onde os passáros cantam lindamente
dentro de gaiolas penduradas nos muros e postes
apreciados por velhotes aposentados
que jogam conversa fora o dia inteiro.

sábado, 6 de junho de 2009

nossa falta de educação

Andando pela cidade vemos alguns descalabros que nos deixam abismados,
exemplos não faltam, desde o taxista até o menino que acaba de entrar no banheiro público do metrô. Se não fossemos tão idiotas isso não nos alcançaria, votamos em politicos que nos mandam às favas, jogamos papel e qualquer coisa pela janela do carro, do ônibus, do trem. Chega a ser paradoxal quando nos irritamos com os mendigos e demais largados do sistema quando nosso presidente já foi um peão no ABC! Somos animais extremamente perigosos para o planeta.